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Professor denuncia manipulação e irregularidades na Secretaria de Esportes em Poços de Caldas

Atualizado em 17/09/2025

 

Sensei Júnior aponta irregularidades no JEMG, perseguição, falta de transparência e uso político da pasta

José Raimundo Junior – Sensei Júnior.

O professor de judô José Raimundo Júnior, conhecido como Sensei Júnior, usou a tribuna da Câmara Municipal de Poços de Caldas na sessão ordinária desta terça-feira (16) para denunciar supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Esportes. Segundo ele, as práticas envolvem perseguição, manipulação de competições, uso político da estrutura pública e até falsificação de documentos.

Denúncias apresentadas

Durante o discurso, o educador e tenente da reserva da Polícia Militar afirmou que tenta há quase três anos obter respostas da administração municipal sobre irregularidades nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).

Entre os pontos citados, ele destacou:

  • Manipulação de competições, com a escolha de atletas vinculados a determinadas instituições em detrimento de alunos de projetos sociais;
  • Falta de transparência, com negativa de acesso a súmulas oficiais das lutas;
  • Indícios de falsificação de documentos públicos, após receber cópias alteradas sem autenticação;
  • Uso político da pasta, direcionando recursos a apoiadores e ignorando projetos independentes.

“Estamos diante de uma crise institucional. O esporte está sendo usado como moeda de troca política, e isso afeta principalmente crianças e adolescentes que dependem desses projetos”, afirmou o professor.

“Deus Sol” e privilégios

Sem citar nomes, Júnior mencionou que a secretaria, desde a administração passada, estaria sob comando de um “Deus Sol” e seus “planetas”, em referência a quem decide quais projetos recebem apoio. A metáfora sugere a existência de um grupo que concentra poder e distribui benefícios conforme conveniências políticas.

O vereador Diney Lenon acrescentou que esse “Deus Sol”, se for a mesma pessoa,  também é conhecido como “10%”, numa alusão à cobrança de eventuais comissões em repasses da pasta.

Tentativas frustradas de solução

O professor disse ainda ter formalizado denúncia na Procuradoria Municipal e participado de sindicância interna. No entanto, segundo ele, o procedimento não seguiu o rito adequado, está parado há mais de 120 dias e não trouxe qualquer resposta oficial.

“Eu indiquei testemunhas, entreguei provas, mas nada avançou. A sindicância morreu e a Prefeitura ignora todos os pedidos. Isso está se tornando caso de polícia”, disse.

Apoio da Câmara

Os vereadores presentes elogiaram a coragem do professor em expor o caso e manifestaram apoio à apuração. A possibilidade de encaminhar as denúncias ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi levantada durante a sessão.

“É dever do poder público investigar com rigor. A população, os atletas e técnicos merecem uma gestão transparente e comprometida com o verdadeiro propósito do esporte”, concluiu Júnior.

 

 

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