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Poços Bike Park segue inacabado mais de dois anos após início das obras na zona sul

Atualizado em 01/08/2025

Anunciado em julho de 2023 com previsão de conclusão em oito meses, projeto ainda não foi entregue pela prefeitura; cronograma está defasado e empresa contratada pode ter contrato rompido

Divulgação do início da obra pela Prefeitura Municipal de Poços de Caldas em julho de 2023.

Mais de dois anos após o início das obras do Poços Bike Park, projeto esportivo anunciado como uma das maiores pistas de BMX do Brasil, a estrutura segue inacabada na zona sul de Poços de Caldas. A previsão inicial, divulgada pela prefeitura em julho de 2023, era que a pista estivesse pronta em oito meses — ou seja, até março de 2024. No entanto, o prazo foi descumprido e, até o momento, não há uma nova data oficial para a entrega.

Segundo documento enviado pela Secretaria Municipal de Esportes em resposta ao vereador Ricardo Sabino (PL), o cronograma da obra encontra-se “defasado” e há possibilidade de rompimento de contrato com a empresa MSL Construtora e Administração de Obras LTDA, responsável pela execução. A justificativa é a “falta de estrutura executiva da empresa”, o que impede a previsão de término.

Investimento de quase R$ 1 milhão com recursos próprios

O valor total do contrato firmado para a construção da rampa de largada, vestiários, banheiros e lanchonete da pista de bicicross é de R$ 975.491,22, pagos com recursos próprios do município. A empresa foi contratada por meio de tomada de preços nº 002/2023.

O projeto prevê a construção de dois gates de largada — um com 8 metros de altura e outro com 5 metros — além da modelação do terreno para pista profissional. O espaço, localizado no Conjunto Habitacional Dr. Pedro Affonso Junqueira, é visto como estratégico para o desenvolvimento do BMX na cidade.

Equipamentos e entorno ainda sem previsão de finalização

A estrutura prevista inclui banheiros, lanchonete e os gates de largada, mas melhorias no entorno — como iluminação, segurança, estacionamento e paisagismo — ainda não foram executadas. Essas intervenções serão de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, também sem data definida.

Além da pista, o projeto prevê a integração do local à futura ciclovia que ligará diversas regiões da cidade ao Bike Park. No entanto, essa obra também está paralisada, e o município informou que, devido à ineficiência da empresa responsável, o contrato poderá ser rompido.

Projetos sociais e calendário esportivo

A Secretaria de Esportes afirma que, quando concluído, o espaço será utilizado para eventos municipais, estaduais e nacionais de BMX, além de integrar o calendário esportivo da cidade. Também está prevista a criação de escolinhas e programas gratuitos voltados a crianças e jovens da região sul, por meio de editais e chamamentos públicos.

Apesar da relevância do investimento para o esporte local — especialmente numa cidade com tradição no ciclismo e no BMX, que já revelou atletas como Renato Rezende, pioneiro do BMX brasileiro em Olimpíadas — o longo atraso na obra e a indefinição sobre sua conclusão têm gerado críticas e cobranças por maior transparência e agilidade na gestão do projeto.

 

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