Período chuvoso recupera reservatórios após seca histórica em Poços de Caldas
Atualizado em 16/01/2025
Reservatórios apresentam os melhores níveis de janeiro desde 2018
O início de 2025 trouxe alívio para os reservatórios de Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, que enfrentaram momentos críticos devido à estiagem em 2024. Graças às chuvas intensas dos últimos meses, os principais mananciais da cidade estão operando com volumes elevados, situação que não era registrada há anos.
A Represa Saturnino de Brito, responsável pelo abastecimento da Zona Leste, está com 1,60 metro acima do nível mínimo. No mesmo período do ano passado, o cenário era de escassez, chegando ao ponto de ser necessário bombear água para garantir o abastecimento. Já a Represa do Cipó, maior reservatório de Poços de Caldas, atingiu quase 95% de sua capacidade, o melhor nível desde 2018. Por outro lado, a Represa Bortolan, usada para geração de energia elétrica, já opera com mais de 100% de sua capacidade.
De acordo com Marcelo Dias Loichate, diretor da DME Energética, as chuvas de 2024 superaram a média histórica, mas se concentraram em períodos específicos.
“Tivemos uma grande quantidade de chuva nos primeiros e últimos meses do ano, mas com um longo período de estiagem entre abril e setembro. Isso evidencia a importância de uma distribuição mais uniforme das precipitações ao longo do ano”, afirmou.
Paulo Fernandes Silveira, supervisor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), ressaltou que, embora os reservatórios estejam em níveis elevados, a cidade precisa de chuvas regulares nos meses seguintes para evitar novos períodos críticos.
“Não adianta termos uma grande precipitação concentrada em poucos meses. É essencial que as chuvas sejam distribuídas ao longo do ano, inclusive nos meses mais secos, como junho, julho e agosto”, explicou.
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Impactos da seca extrema de 2024
O geógrafo Rildo Borges Duarte, professor do Instituto Federal do Sul de Minas, destacou que a estiagem de 2024 foi um evento extremo.
“Foi considerada pelo Cemaden a maior seca registrada no Brasil. Aliada às ondas de calor do El Niño, a situação causou grandes dificuldades para o abastecimento de água em diversas cidades”, disse.
Para 2025, a expectativa é de que os impactos climáticos do El Niño e La Niña sejam menos severos, com redução dos eventos extremos. No entanto, Rildo alerta que o planejamento urbano é crucial para garantir o abastecimento a médio e longo prazo.
“A preservação de áreas vegetadas é essencial para a recarga dos mananciais e aquíferos. O desmatamento prejudica a infiltração da água no solo, dificultando a manutenção dos níveis dos reservatórios nos períodos mais secos”, enfatizou.
Enquanto os reservatórios começam o ano em uma situação confortável, especialistas reforçam que o planejamento e a gestão sustentável dos recursos hídricos são fundamentais para evitar futuras crises de abastecimento.
Fonte: Com informações de G1.
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