Perícia Conclui que Morte do Jovem Gustavo Moreno foi Decorrente de Erro Médico
Um laudo pericial recente determinou que a morte de Gustavo Soares de Carvalho Moreno, 23 anos, após um acidente de carro na BR 459, no dia 7 de março de 2021, resultou de erro médico. Gustavo, que sofreu graves lesões, foi atendido na Santa Casa de Poços de Caldas, mas recebeu alta hospitalar horas depois, falecendo pouco após retornar para casa.
Conclusões da Perícia
O perito Luiz Carlos Azevedo, que também é médico cirurgião, analisou o caso e concluiu que a equipe médica da Santa Casa de Poços de Caldas cometeu um erro ao liberar Gustavo. Ele foi mandado para casa com 11 costelas quebradas, fratura da bacia e da cabeça do fêmur, além de uma hemorragia no tórax. Pouco após chegar em casa, Gustavo passou mal e morreu.
Ação Judicial e Inquérito Policial
Após a morte, a família de Gustavo entrou com uma ação judicial para identificar os responsáveis. O advogado da família, Fábio Camargo, afirmou que o laudo pericial, anexado ao processo, é uma prova fundamental que evidencia o erro médico, ressaltando que depoimentos de testemunhas não podem contestar um laudo pericial claro e conclusivo. Paralelamente, um inquérito policial foi instaurado pela Polícia Civil para ouvir os médicos e médicas residentes que atenderam Gustavo.
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Sindicância e Processo Administrativo
A Santa Casa de Poços de Caldas informou que uma sindicância interna foi instaurada para investigar os fatos, especialmente diante da suspeita de que o prontuário médico de Gustavo poderia ter sido alterado. O hospital não comentou mais, alegando que o caso está sob judice. O Conselho Regional de Medicina (CRM) encaminhou a denúncia à sua corregedoria em Belo Horizonte para a instauração de um processo administrativo. Se confirmado o erro médico, os profissionais envolvidos podem enfrentar penas que variam de advertência até a cassação do registro profissional.
Detalhes do Acidente
Na noite do acidente, Gustavo estava como passageiro quando o carro em que estava perdeu o controle e bateu de frente com um caminhão. Inicialmente, Gustavo foi levado para a Santa Casa de Caldas, onde, apesar de lúcido, precisava de um enxerto de pele no joelho, procedimento não disponível na unidade. Assim, ele foi transferido para a Santa Casa de Poços de Caldas.
No hospital, o médico plantonista solicitou tomografias, mas não chamou o radiologista para avaliá-las. Além disso, duas médicas residentes e um cirurgião plástico apenas suturaram o joelho de Gustavo e ministraram medicação para dor, sem perceber a gravidade das outras lesões. Gustavo recebeu alta 12 horas após ser admitido no hospital. Em casa, ele começou a passar mal, e apesar dos esforços do SAMU, ele não resistiu.
A necropsia determinou que Gustavo morreu devido a choque hemorrágico torácico, resultado de uma laceração na veia pulmonar direita causada pelo traumatismo do acidente.
Avanço do Processo
O processo judicial, que enfrentou atrasos devido à distância do perito e diversas defesas apresentadas, agora está na fase final com a oitiva das testemunhas antes da sentença. O advogado da família espera uma resolução rápida e mencionou a possibilidade de um acordo de não persecução penal para os réus, que exigiria a confissão do erro médico.
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