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Ordem do Dia 24/07/25

Atualizado em 24/07/2025

Xandão nunca teve vida fácil. Até em aeroporto já foi hostilizado, juntamente com a família.

Entretanto, suas ações o levaram a um suposto erro fundamental.

E o voto de Luiz Fux, na primeira turma, seria a confirmação disso: mais do que uma divergência, Fux parece ter proposto um “freio de arrumação”.

Fux, em seu voto sobre a tornozeleira eletrônica para Bolsonaro, mirou Paulo Gonet. Disse que o pedido do procurador carecia de provas cabais.

Antes disso, Fux foi poupado pelo governo Trump, não tendo seu visto para os EUA suspenso. Assim como outros dois ministros do STF, indicados por Bolsonaro, também poupados. Os algozes colonialistas já sabiam do voto de Fux? Fica a dúvida.

Entretanto, outros sinais vieram, por parte de analistas da grande imprensa e de uma dura crítica ao Xandão, formulada por Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF.

Seguiu-se a bisonha reunião na Câmara, em recesso, proposta por deputados bolsonaristas. Exibiram até bandeira pró-Trump. Um escândalo.

Aí vem Xandão e investe de forma desajeitada sobre Bolsonaro, demonstrando destempero e despreparo. Posou de censor. Não pegou bem e corroborou alguns argumentos dos defensores bolsonaristas.

Eis os erros fundamentais, de ambos os lados: a bandeira colonialista e a censura prévia de Xandão.

O jogo está claramente revelado.

O que vemos, por todo lado, são críticas ao Xandão. Nesse caso, merecidas.

Sobre a possível fuga de Bolsonaro, até as pedras sabem que essa seria sua única saída. Principalmente após ter investido, juntamente com amigos e familiares, contra a economia e a soberania nacionais.

A tornozeleira faz sentido, considerando as “noitadas” de Bolsonaro em embaixadas da extrema direita.

Mas à mulher de César não basta ser honesta. Deve parecer honesta.

Xandão, que há anos usa “saia”, já devia saber disso…

De todo o modo, “Os artigos federalistas” parecem um oráculo para o caso atual – e Xandão deveria saber disso também.

O artigo 6, de autoria de Alexander Hamilton, registra o imbróglio brasileiro à perfeição. Quando destaca que há líderes que “abusam da confiança que desfrutam”. “E, tomando por pretexto alguma razão pública, não tiveram escrúpulos em sacrificar a tranquilidade nacional por benefícios ou recompensas pessoais”.

Eis o traíra…

 

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com

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