Ordem do Dia 22/07/25
Atualizado em 22/07/2025
Esta coluna será obrigada a rever sua posição referente a Eduardo Bolsonaro, vulgo “bananinha”.
Em sentido contrário à opinião dominante, sempre entendemos que Eduardo não praticava crimes nos EUA.
Ele faz lobby. E lobby político (tentativa de influenciar políticos e governantes), não é crime naquele país.
Ainda que o lobby dê resultados ilegais: o responsável pelo suposto crime seria a autoridade que atendeu ao pedido do lobista.
Como se fosse um “milagre”: pouco importa quem pediu. A responsabilidade seria sempre do “santo”.
Ainda que o lobby ilegal dê resultado, o lobista seria resguardado pela previsão legal de sua atividade. E pela objetiva responsabilização da autoridade concedente do pedido, ainda que ilegal.
No caso das chantagens de Trump sobre o Brasil, na tentativa de livrar Bolsonaro de um processo penal, os criminosos seriam Trump, autor e Bolsonaro, beneficiário.
Entretanto, Bananinha resolveu praticar crimes, ao ameaçar policiais, juízes e autoridades, num ataque às instituições brasileiras. Ele se acha o tal.
E mais: em podcast juntamente com Paulo Figueiredo, admitiu que soube da imposição das tarifas, previamente, através de autoridades americanas. O que o coloca em outro imbróglio: o da especulação com dólares, no mercado de câmbio.
Mas a bandidagem sabe que bandido esperto não ameaça polícia. Faz o serviço “na miúda” e se aproveita do resultado do crime. Para a bandidagem, quem se expõe e “bate no peito” é otário.
Seria o caso do Eduardo bananinha.
O pior de tudo se resume nas consequências das chantagens de Trump. Se efetivamente realizadas, trarão prejuízos, desemprego e desesperança. Para grande parte dos brasileiros.
Se Trump voltar atrás, como às vezes faz, a desmoralização do babaninha será completa.
Igual galinha fake: grita, canta, faz escândalo e anuncia que botou um ovo. Mas quando vão conferir, não há ovo: era fake.
A galinha fica desmoralizada, com fama de “fogueteira”.
Quem vai querer uma galinha assim?
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com

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