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Ordem do Dia 18/07/25

Atualizado em 18/07/2025

As alegações finais, da lavra da Procuradoria Geral da República, encerram os trabalhos do Ministério Público Federal.

A pedida é forte. Vide a pena sugerida a Bolsonaro: 47 anos de prisão. Até Mauro Cid corre o risco de alguma reprimenda, apesar de delator.

O próximo passo será a sentença, condenando, ou absolvendo, os golpistas da direita bolsonarista.

Seus defensores negam a existência do golpe, no caso sua tentativa, a despeito das evidências. Com a mesma ênfase e convicção que afirmam a fraude eleitoral, via urnas eletrônicas, sem quaisquer provas.

Assim como condenaram as vacinas, a racionalidade, o bom-senso e a ciência, em geral.

São um poço de emoções desordenadas. “Um poço até aqui de mágoa”, como disse o cancioneiro popular. Entoam um mantra contra Xandão e contra Supremo: “o STF desbordou de suas funções”. Como se isso fosse um sortilégio mágico. E resultasse num “abracadabra” qualquer.

Denota uma mágoa contra os fatos, nesse caso. Negam os fatos sem pestanejar. Se for conveniente, negam o ar que respiram, ainda que não se recusem a respirar.

São de tal ordem perigosos, que se dispõe a se associar a uma potência imperialista e trair os interesses nacionais, para salvar a própria pele. E, em razão disso, não crêem que Bolsonaro será preso: o Brasil irá se curvar a Trump, e suas sanções, que ordenou a Anistia aos golpistas.

O precedente histórico, de algo parecido, soma mais de 200 anos. Foi quando as Cortes Portuguesas reinstalaram a condição de Colônia para o Brasil. E ordenaram o retorno de D. Pedro a Portugal. Deu-se, então, a independência.

Sua contraparte, por outro lado, é o próprio desencanto carcomido: representada por um líder não menos irracional, marcado pela ignorância, arrogância e megalomania, se coloca como uma alternativa doentia.

Com sua “primeira dama” sem freio e sem noção. Diz que não respeita regras ou protocolos, sejam nacionais ou internacionais. Um espanto, igualmente “imperial”. Sugere um estilo: o janjismo.

O que temos que ter em mente seria que nossas escolhas fazemos nós. Não esses “fenômenos”. E não se resumem a essas duas possibilidades.
Mas quando iremos aprender isso?

 

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com

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