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Ordem do Dia 16/06/25

Atualizado em 16/06/2025

As últimas pesquisas divulgadas nesse mês de junho, por diferentes institutos, se viram eclipsadas pelos mútuos afagos “bombásticos”, entre Israel e Irã.

Todavia, caberia investigar alguns números, que talvez tenham passado despercebidos.

Os institutos Quaest, Ipsos e Datafolha não divergiram substancialmente em nenhum número. Mas não fizeram a apuração dos dados, afastando indecisos e se concentrando nas opiniões formadas. Essas, uma vez consolidadas, tendem a prevalecer por largo lapso de tempo.

O Instituto Quaest, por exemplo, divulgou, em números lineares, que 43% dos entrevistados desaprovaram o governo federal, sendo que 25% aprovaram. Há uma grande margem, 32%, que não se posicionaram, por diferentes razões.

Se afastarmos os indecisos, reduzindo o universo pesquisado, considerando apenas os que se posicionaram, teremos 63% de reprovação, contra 37% de aprovação do governo Lula. Em números relativos.

Essa operação parte do princípio de que não haveria “formadores de opinião”, mas apenas opiniões formadas, que tendem a se espraiar para todo o universo eleitoral. Caso nada de substancial ocorra.

No caso de Janja, segundo a Datafolha, 36% dizem que ela atrapalha o governo. Enquanto 14% dizem que ela ajuda. Uma margem ainda maior de indecisos, o que mostra uma certa “desimportância” política do personagem. Ou simples desconhecimento.

Entretanto, realizando a mesma operação de redução do universo pesquisado, teremos 72% de insatisfeitos com Janja, havendo um índice de apenas 28% de aprovação da atual primeira dama.

A importância disso se assenta principalmente na comparação com Michele Bolsonaro, que tem intenção de voto suficiente para se eleger senadora, disputa como candidata a presidente da República, vindo a ser uma candidata a vice cortejada pela direita. Notável diferença.

Mesmo Janja tendo um respeitável currículo, segundo dizem seus defensores, parece que não aprendeu o básico da sabedoria popular. Por exemplo, aquele ditado clássico, afirmando que “muito ajuda quem não atrapalha”.

O governo já tem seu “Mané fogueteiro”, no caso o Sidônio.

Janja aparece mais como um estorvo. A ser descartado ou evitado.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com

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