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Ordem do Dia 14/08/25

Atualizado em 14/08/2025

O cientista político Steven Levitsky, professor de Harvard, autor do livro “Como as democracias morrem” (Levitsky & Ziblat, Rio de Janeiro, Zahar, 2018), disse que sente “vergonha” (shame). Vergonha de ser americano.

Em palestra ao Senado brasileiro, Levitsky manifestou seu desconforto. Disse que o Brasil está sendo punido e perseguido pelos EUA por ter feito o dever de casa. “Por ter feito o que os EUA deveriam ter feito”. Qual seja: punir a bandidagem golpista.

Este colunista teve a oportunidade de ler a obra, já há algum tempo, que se mostra tão atual. Foi inspirada, entre outras coisas, pelo primeiro governo Trump.

Hoje parece servir de manual para Trump, em seu segundo mandato. Um guia para Trump destruir a democracia nos EUA. Curioso…

Grandes obras, além dos aqui já citados “Artigos federalistas” (Madson, Hamilton, Jay, que remanesce como fundamento teórico da Constituição dos EUA), explicam o sistema político daquele país.

A obra clássica seria “A democracia na América”, de Alexis de Tocqueville, talvez a mais importante, entre todas, forjada na primeira metade do século XIX (publicada em 1835).

Muitas outras se apresentam, com a tarefa de explicar a monumentalidade desse país e de sua, aparentemente, inabalável democracia.

Um livro pouco conhecido, de Moniz Bandeira, historiador, cientista político e diplomata, “Formação do Império americano” (Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 3a. Edição, 2009), confere um panorama geral bem proporcionado, desde a Guerra contra a Espanha até a Guerra do Iraque.

O que nos impressiona muito mais. Já que um mitômano ignorante e mal intencionado, como Trump, consegue destruir o trabalho de gerações.

Isso mostra, nos dizeres de Levitsky, a fragilidades das instituições democráticas dos EUA.

Ou, se preferirem: o gigante tem pés de barro.

A última seria a iniciativa do atual secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de punir membros do governo brasileiro por causa do programa “Mais médicos”, do governo

Dilma. Considerando a participação de Cuba nesse programa, que foi rompida em 2018.

A loucura parece bem maior que o visto, até agora. Ou seria simples delinquência? Coisa de mafioso?

Eis o busílis.

 

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com

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