Atualizado em 07/08/2025

Com a aproximação do dia dos pais, aqueles que são pais, participaram da criação dos filhos e os tem já adultos, fatalmente, fazem uma pergunta: como foi possível? Como cheguei até aqui?

Aqueles que possuem idade na faixa dos 60 anos, ou mais, passaram por três períodos bem marcados da economia brasileira.

“O Brasil grande”, dos anos 1970, “A década perdida”, nos anos 1980, e o renascimento econômico, proporcionado pelo Plano Real.

Mais recentemente, duas outras fases nos alcançaram: o período da alta das comodities, que associado a uma economia organizada pelo Plano Real, gerou um significativo crescimento econômico e a derrocada do governo Dilma, que destruiu tudo, promovendo a maior recessão econômica da nossa história.

Do ponto de vista político, fomos de uma ditadura escancarada à delinquência generalizada, marcada por mensalões, petrolões, etc. Tudo isso coroado pelo negacionismo, pela conduta golpista, e traidora dos interesses nacionais, de extrema direita, que marca o período atual.

Hoje vivemos o impensável papel de principal alvo das sanções e intervenções dos EUA.

Ocasionadas, por um lado, pela traição da direita bolsonarista. E, por outro, pela estupidez provocativa de Lula, o apedeuta sem noção.

Os mais velhos, que estudaram nos antigos “Grupos Escolares”, devem se lembrar dos pacotes de leite em pó, fornecidos pelo programa “Aliança para o Progresso”, sob liderança dos EUA, idealizado pelo governo Kennedy. Leite que compunha nossa merenda.

Hoje, se houvesse algo assim, provavelmente receberíamos leite envenenado, com os cumprimentos do “Tio Sam”.

Diante disso tudo, volta a questão: como conseguimos criar filhos, minimamente funcionais, diante disso tudo? Ou teríamos falhado e nosso legado é o que vemos nas redes sociais?

Eis o busílis.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com