Ordem do Dia 06/08/25
Atualizado em 06/08/2025
A pergunta que se segue pode fazer sentido.
Lula irá pedir autorização ao STF para visitar Bolsonaro, em prisão domiciliar?
E, na companhia do homem, empunhará um cartaz, pedindo sua libertação? Posando para uma foto “histórica”?
Isso seria inconveniente? Esdrúxulo? Extravagante? Desrespeitoso? Uma afronta ao Poder Judiciário?
Mas não foi exatamente isso que Lula fez em relação à Cristina Kirchner, quando a visitou? Ela também em prisão domiciliar?
Seria um gesto de solidariedade entre prisioneiros, entre delinquentes que já estiveram, estão ou estarão presos…
Uma atitude cristã… ou não? Seria apenas um show explícito “sem noção”?
Chama atenção a natureza dos personagens dessa tragicomédia, que envolve Brasil, EUA, tarifas, prisões, sanções, manifestações contraditórias, pragas e maledicências de pastores histéricos.
Segundo Paulo Skaf, presidente sa FIESP, as abusivas tarifas de Trump, contra o Brasil, teriam sido estimuladas pelas provocações irresponsáveis de Lula. Certamente contribuíram. E continuam ocorrendo com frequência, diga-se.
Mas e quanto ao trabalho sistemático da família Bolsonaro, nesse sentido?
Na infame “cartinha tarifária” de Trump, o citado foi Bolsonaro…
Se a esquerda encarna a arrogância, a provocação infantil e a irresponsabilidade, a direita bolsonarista se esmera na truculência, na violência e na ameaça.
Todos eles seriam perfeitamente acolhidos como outros envolvidos nas tramas do dr. Dráusio Varela, na conhecida obra “Estação Carandiru”. Todos fora-da-lei.
A única diferença seria o potencial de dano, destruição, ou sofrimento, da ação desses novos personagens. Seria imenso. Muito maior que o dos bandidos comuns. Seriam capazes de estender seus males além das fronteiras, mundo afora, com potencial de atingir populações inteiras.
Os danos seriam políticos e econômicos de todo tipo.
E seriam personagens bem menos interessantes, do ponto de vista sociológico, ou com menor conteúdo humano que os presidiários do Carandiru.
Seriam apenas lamentáveis.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com

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