Obra do novo presídio em Poços de Caldas enfrenta denúncias e conflitos trabalhistas
Atualizado em 14/10/2025
Trabalhadores relatam problemas em alojamentos e atrasos salariais; empresa nega irregularidades e afirma cumprir obrigações trabalhistas

A construção do novo presídio de Poços de Caldas, conduzida pela empresa GCE S/A, vem sendo alvo de denúncias e conflitos entre trabalhadores. Relatos indicam condições precárias de alojamento, atrasos em pagamentos e problemas no fornecimento de alimentação. A empresa nega as irregularidades e afirma seguir rigorosamente a legislação trabalhista.
Denúncias de más condições e atrasos
De acordo com os funcionários, muitos deles vindos de outros estados, os alojamentos chegam a abrigar até sete pessoas por quarto. Eles afirmam que há falta de limpeza e banheiros em condições inadequadas — um deles teria ficado sem higienização por até sete dias.
Além disso, há queixas de descumprimento de acordos relacionados a salários, hospedagem e pagamento de passagens. As denúncias indicam que a situação tem provocado insatisfação e tensão entre os trabalhadores que atuam na obra.
Demissões e intervenção da Polícia Militar
Na última quinta-feira (9), cerca de 26 trabalhadores foram demitidos após um episódio de confusão no canteiro de obras. Segundo informações da Polícia Militar, 23 deles estariam incentivando os demais a iniciar uma paralisação.

A empresa considerou o cenário insustentável e acionou a PM para conter os ânimos e garantir a segurança no local. Os trabalhadores demitidos foram escoltados para fora do canteiro e, em sua maioria, retornaram aos estados de origem.
Problemas com alimentação
O fornecimento de marmitas também foi alvo de reclamações. Os funcionários relataram problemas na qualidade e na quantidade das refeições, o que quase resultou na interrupção dos serviços. Após as denúncias, a GCE S/A informou que substituiu o restaurante responsável pelo fornecimento das marmitas e que a situação foi regularizada.
Posição da GCE S/A
Em nota oficial assinada pelo engenheiro Jefferson Bruno de Souza, a GCE S/A declarou que cumpre rigorosamente todas as obrigações trabalhistas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e em acordos coletivos. A empresa afirmou oferecer condições adequadas de trabalho, alimentação e alojamento, além de manter diálogo constante com os colaboradores.
A nota ressalta que a empresa aciona as autoridades competentes sempre que necessário, buscando garantir a segurança e o bem-estar de todos. A GCE S/A também reiterou seu compromisso com os trabalhadores, parceiros e com a conclusão segura do projeto.
Após a finalização da obra, a administração da nova unidade prisional será transferida ao Estado de Minas Gerais, responsável pela operação do presídio conforme as normas e diretrizes do sistema prisional mineiro.
Fonte: Com informações de TV Poços.
Nossos canais de comunicação:


Comentário (1)
Vai no cerne da questão. Sub contrataram eempresas com preços ruins para elas. Estão esperando atingir 50% de obra realizada para pedirem aditivo de contrato. Issa empresas é do ramo.. sabe dos caminhos