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Mortes acendem alerta para meningite C no Sul de Minas

Atualizado em 14/11/2025

Região registra duas mortes infantis e 46 casos da doença em 2025, segundo a Secretaria de Estado de Saúde

A morte de duas crianças por meningite meningocócica do tipo C acendeu o alerta das autoridades de saúde no Sul de Minas. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), foram contabilizados 46 casos da doença meningocócica em 2025 — número próximo aos 53 registros de todo o ano passado.

Casos em Extrema e Itapeva

Os dois óbitos ocorreram no município de Extrema, onde três casos foram confirmados pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C. A SES-MG informou que, após a confirmação, foram adotadas medidas imediatas de vigilância e controle, incluindo a identificação de contatos próximos e a administração de medicamentos preventivos, conforme os protocolos do Ministério da Saúde.

Em Itapeva, também no Sul de Minas, foi notificado um caso isolado da mesma bactéria, sem relação epidemiológica com os de Extrema. “As análises preliminares indicam tratar-se de um evento isolado”, informou a secretaria, que acrescenta não haver novos registros confirmados do mesmo agente em outras localidades da região.

Situação em Poços de Caldas

A Sulminas TV entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Saúde de Poços de Caldas, que informou os dados de imunização contra a meningite C no município.

De acordo com o setor, a cobertura atual é de 84,49%. Até o momento, não há recomendação de nova campanha específica, sendo reforçada apenas a orientação para que a população mantenha o cartão vacinal atualizado.

Ações de reforço

Para conter o avanço da doença, o município de Extrema intensificou as ações de imunização, com horário estendido nas salas de vacina, busca ativa de não vacinados e mobilização das equipes da Atenção Primária à Saúde. As medidas contam com o apoio técnico da Regional de Saúde de Pouso Alegre e da própria secretaria estadual.

A vacinação contra meningite está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Pais e responsáveis devem comparecer com a caderneta de vacinação para verificação e atualização das doses.

Como a meningite bacteriana se espalha

A meningite bacteriana é uma infecção grave das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal (as meninges). Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias, como saliva, espirros, tosse e secreções do nariz ou da garganta.

O contágio também pode acontecer por meio do compartilhamento de objetos pessoais, como copos, talheres ou escovas de dente, e em ambientes de convivência prolongada. Algumas pessoas podem ser portadoras da bactéria sem apresentar sintomas, mas ainda assim transmitir a doença.

Prevenção

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção, com vacinas específicas contra os principais agentes causadores da meningite — entre eles, Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e Haemophilus influenzae tipo b.

Outras medidas preventivas incluem:

  • Lavar as mãos com frequência;
  • Evitar compartilhar objetos pessoais;
  • Manter ambientes bem ventilados;
  • Evitar aglomerações e contato com pessoas infectadas.

O Ministério da Saúde reforça ainda a importância da identificação rápida de casos suspeitos e da administração de antibióticos preventivos a pessoas que tiveram contato próximo com pacientes confirmados.

Sintomas e sinais de alerta

Os sintomas mais comuns da meningite bacteriana incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náusea, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e confusão mental. Em crianças pequenas, os sinais podem ser menos específicos, como irritabilidade, choro persistente, recusa alimentar e moleira tensa ou inchada.

Em casos de meningite meningocócica, é possível o surgimento de manchas vermelhas ou roxas na pele (petéquias), indicativas de infecção generalizada — situação que requer atendimento médico imediato.

A forma bacteriana pode evoluir rapidamente, em poucas horas, para complicações graves como convulsões, coma ou morte. Mesmo após o tratamento, podem ocorrer sequelas neurológicas, auditivas ou motoras.

 

Fontes: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Ministério da Saúde, Biblioteca Virtual em Saúde, Governo de Minas, e portais médicos Sergio Franco e Dasa.

 

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