Mirandinha, maior artilheiro da história da Caldense, morre aos 68 anos em Poços de Caldas
Atualizado em 09/07/2025

Faleceu na noite desta terça-feira (9) em Poços de Caldas (MG) o ex-jogador Mirandinha, maior artilheiro da história da Associação Atlética Caldense. Ele tinha 68 anos e enfrentava problemas de saúde nos últimos anos.
Gláucio Rocha de Azevedo, mais conhecido como Mirandinha, nasceu em Varginha no dia 14 de agosto de 1956. A trajetória no futebol começou em Poços de Caldas, quando participou de um campeonato regional no campo do Santa Rosália. A atuação chamou a atenção do técnico Mané da Pinta, que o levou para defender a Caldense.
Recebeu o apelido de Mirandinha pela semelhança física com o jogador do São Paulo. Treinou cerca de três meses no time de juniores e logo estreou na equipe profissional, em março de 1976. Na primeira temporada, marcou 22 gols e foi peça decisiva na conquista do Campeonato Mineiro do Interior e do Torneio Incentivo.
Rápido e oportunista, assumiu a posição de Cafuringa, então titular absoluto no ataque da Veterana, e virou ídolo da torcida. Os gols de Mirandinha ficaram marcados nas narrações de Lázaro Walter Alvisi, que a cada gol entoava o bordão: “Miranda, Mirandinha, vamos todos Mirandar!”
Entre os momentos mais importantes da carreira, um gol se destacou: o cabeceio que garantiu o empate em 1 a 1 contra o Internacional (RS) no Campeonato Brasileiro de 1979. Naquele ano, o Colorado foi campeão invicto, e a Caldense foi uma das poucas equipes a tirar pontos do time gaúcho. O feito rendeu a Mirandinha o prêmio Bola de Ouro da Rádio Cultura, entregue pelo locutor esportivo Galvão Bueno.
Carreira em clubes do Brasil e da Grécia
Ao longo da carreira, Mirandinha vestiu camisas importantes do futebol brasileiro, como Bangu (RJ), Ferroviária (SP), Juventus (SP), Joinville (SC), Náutico (PE) e Juventude (RS). Também teve passagem pelo futebol europeu, atuando pelo Panathinaikos, da Grécia.
O ex-centroavante era conhecido pelo chute potente e pelo cabeceio preciso — ele mesmo brincava dizendo que “tinha a testa calejada de tanto treinar cabeceio”. Retornou à Caldense em 1989 e permaneceu até 1991, balançando as redes diversas vezes e mantendo o prestígio junto à torcida.
Depois de pendurar as chuteiras, Mirandinha dirigiu uma escolinha de futebol em Poços de Caldas, trabalhou no Bangu e, já aposentado, voltou para viver na cidade que escolheu como lar. Em 2018, foi homenageado pela Caldense com um troféu, oficializando seu nome como o maior artilheiro da história do clube, com 95 gols em 307 jogos.
Despedida e velório
Nos últimos anos, Mirandinha enfrentava problemas de saúde, incluindo cirrose hepática e dificuldades de locomoção devido ao desgaste da cabeça do fêmur. Na manhã desta terça-feira (9), foi encontrado desacordado no local onde residia. Ele chegou a ser socorrido por uma ambulância e levado para atendimento médico, mas não resistiu.
O corpo será velado nesta quarta-feira (10) a partir das 8h no Velório Municipal de Poços de Caldas. O sepultamento está marcado para às 16h30 no Cemitério Parque.
Nota de pesar
A Sulminas TV lamenta profundamente o falecimento de Mirandinha, um dos maiores ídolos da história do futebol poços-caldense e personagem fundamental na trajetória esportiva da Caldense. Aos familiares, amigos, ex-companheiros e torcedores, nossos sentimentos e solidariedade neste momento de despedida.
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