“Ouro do século XXI”: Argila Iônica é Descoberta no Projeto Colossus em Poços de Caldas
A busca global por soluções sustentáveis e a crescente importância da transição energética têm colocado o Brasil no epicentro de investimentos bilionários na mineração de terras raras, os “ouro do século XXI”. Após a intensa corrida pelo lítio no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, o foco agora se volta para esses minerais cruciais na fabricação de produtos tecnológicos.
O Brasil, detentor da terceira maior reserva mundial de terras raras, está competindo de perto com gigantes como a China e o Vietnã. Minas Gerais emerge como líder nessa corrida, com investimentos expressivos de R$ 4,6 bilhões distribuídos em três grandes projetos, sendo um deles em Poços de Caldas.
Poços de Caldas se torna protagonista nesse cenário, com a empresa australiana Meteoric Resources planejando um investimento de R$ 1 bilhão, e a Viridis Mining and Minerals, também australiana, almejando um projeto significativo de R$ 1,2 bilhão. Esses investimentos não apenas prometem impulsionar a economia local, mas também criar oportunidades de emprego.
Marcelo Carvalho, diretor executivo da Meteoric, destaca o potencial do Brasil em atender de 10% a 15% da demanda global por terras raras nos próximos dez anos. A previsão otimista é de que a exploração em Poços de Caldas se inicie em 2024, promovendo um aumento substancial na renda local.
Franco Martins, secretário de Desenvolvimento Econômico de Poços de Caldas, enxerga na mineração uma chance de melhorar significativamente a renda local, projetando um possível aumento de até 50% na arrecadação da cidade.
A importância estratégica desses minerais se reflete em sua presença em uma gama diversificada de produtos, desde combustíveis até tecnologias de transição energética, como as lâmpadas de LED. Especialistas projetam um aumento expressivo na demanda por terras raras, podendo crescer até seis vezes até 2040.
Apesar das oportunidades econômicas, a mineração de terras raras enfrenta desafios e impactos ambientais significativos. A Agência Nacional de Mineração destaca riscos como alteração de paisagem, consumo elevado de água e contaminação do solo. Klaus Petersen, gerente da Viridis para o Brasil, assegura que a empresa adota práticas sustentáveis, incluindo métodos inovadores de separação de íons de terras raras da argila.
A Viridis Mining, em seu projeto Colossus, realizou uma descoberta marcante de elementos de terras raras (REE) de argila de adsorção iônica (IAC). Os resultados iniciais de perfuração revelaram corpos de argila iônica com teores excepcionais de TREO, destacando o potencial de Poços de Caldas para se tornar um depósito de terras raras de alta qualidade.
A corrida pelas terras raras coloca Poços de Caldas não apenas como um polo econômico em ascensão, mas como um protagonista na transição para uma economia mais verde e tecnologicamente avançada. A Viridis Mining, com suas descobertas expressivas, reforça o papel crucial dessa cidade na busca pelo “ouro do século XXI”.
Fonte: Viridis Mining and Minerals Limited.
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