Licitação para concessão das Thermas Antônio Carlos termina sem propostas habilitadas; Codemge avaliará próximos passos em 2026
Atualizado em 03/12/2025

A licitação aberta pelo Governo de Minas Gerais para concessão das Thermas Antônio Carlos, em Poços de Caldas, foi encerrada sem a apresentação de propostas habilitadas. A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) informou que irá analisar as alternativas e definir como o processo será conduzido em 2026.
O contrato, estimado em R$ 130,8 milhões para um período de 30 anos, recebeu apenas uma proposta, apresentada por Júlia Perencin Junqueira, proprietária da cafeteria Casa do Colono, instalada dentro das próprias Thermas. O lance oferecido foi de R$ 109.450,00 como outorga fixa — apenas R$ 141,11 acima do mínimo previsto em edital.
No entanto, após análise documental, a Codemge concluiu que não houve comprovação de um dos critérios técnicos exigidos, e a candidata foi desabilitada. Ela recorreu da decisão, mas o recurso foi negado. Assim, o processo licitatório foi oficialmente declarado fracassado em 25 de novembro.
Como era a concessão prevista no edital
- Valor estimado do contrato: R$ 130.778.185,38
- Prazo: 30 anos
- Outorga fixa: mínimo de R$ 109.308,89 | proposta de R$ 109.450,00
- Outorga variável: entre 3% e 5% da receita bruta operacional
- Investimentos obrigatórios: R$ 7 milhões em reformas e restauração, sendo R$ 6,2 milhões (88,6%) aportados pela própria Codemge
A abertura das propostas estava inicialmente prevista para julho, mas foi adiada para setembro após ajustes no edital.
Objetivo da concessão
Segundo a Codemge, a concessão das Thermas busca um parceiro com experiência na gestão de equipamentos turísticos, capaz de modernizar o espaço, integrá-lo a outros atrativos de Poços de Caldas e aprimorar os serviços oferecidos ao público.
Por se tratar de um patrimônio histórico, qualquer intervenção deveria passar por aprovação do Iepha e do CONDEPHACT-PC, conforme previsto no edital.
Patrimônio histórico e referência turística
Inauguradas em 1931, as Thermas Antônio Carlos foram o primeiro estabelecimento do país a oferecer uma variedade de tratamentos com águas termais. O prédio, projetado no fim dos anos 1920 pelo arquiteto Eduardo Pederneiras, integra o complexo hidrotermal localizado no Parque José Affonso Junqueira.
Com arquitetura marcada por arcos plenos, escadaria monumental e elementos neoclássicos, o espaço abriga salas de banho, duchas, saunas, piscina, ofurô e áreas específicas para terapias e inalações.
As águas sulfurosas que abastecem o balneário vêm da Fonte Pedro Botelho, ao lado do edifício, e chegam a cerca de 45°C, sendo tradicionalmente associadas a benefícios para circulação, pele e articulações.
Desde 2018, o Governo de Minas Gerais administra as Thermas, que oferecem serviços como banhos termais, massagens, shiatsu, acupuntura, tratamentos faciais, hidroginástica, natação, manicure, pedicure e pilates.
Com o fracasso do processo licitatório, a Codemge deverá definir nos próximos meses como o projeto de concessão será reavaliado para um possível novo edital em 2026.
Fonte: Com informações de G1.
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Comentário (1)
Tem que colocar junto com outros contratos pertinentes a turismo, fazendo parte de pacotes turísticos e com associação com alguma clínicas. Se não for assim não consegue