Juros do cartão de crédito sobem pelo 4º mês e atingem maior patamar desde maio de 2023
Atualizado em 28/01/2025
A taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito subiu novamente em abril e alcançou 423,5% ao ano, o maior patamar registrado desde o início de 2024. O aumento foi de 2,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior, quando a taxa estava em 421,3% ao ano, segundo dados das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (27).
Esse índice reflete o peso financeiro para os consumidores que não conseguem pagar a fatura integralmente no vencimento. Em termos práticos, uma dívida de R$ 800 acumulada por um ano pode crescer até cinco vezes. Nesse cenário, o saldo total devido chega a R$ 4.188, considerando os juros.
Apesar disso, desde janeiro deste ano, está em vigor uma regra que limita os juros do rotativo a 100% sobre o valor principal da dívida, conforme determinação do Conselho Monetário Nacional. Com essa mudança, uma dívida inicial de R$ 200, por exemplo, não pode ultrapassar R$ 400 ao fim do período. No entanto, o Banco Central esclarece que as taxas apresentadas na estatística refletem uma projeção anualizada baseada nos juros cobrados mensalmente, e não necessariamente indicam descumprimento da regra.
Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, explicou que a manutenção desses números na série histórica é importante para monitorar a evolução dos juros e sua relação com o sistema de crédito como um todo. Ele destacou que, na prática, muitas dessas dívidas permanecem ativas por períodos mais curtos, o que pode reduzir os impactos efetivos do índice anual.
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Cheque especial também registra alta
Além do cartão de crédito, os juros do cheque especial, segunda linha de crédito mais cara no mercado, também subiram em abril, atingindo 129,9% ao ano. O aumento foi de 1,8 ponto percentual em relação a março.
Neste caso, uma dívida de R$ 800, se mantida por 12 meses, pode chegar a R$ 1.839,20. Embora menos expressiva do que a taxa do rotativo, o cheque especial ainda representa um grande desafio financeiro para muitos consumidores.
Os números divulgados pelo Banco Central reforçam a necessidade de cautela ao usar essas linhas de crédito, que, apesar de acessíveis, podem se tornar armadilhas financeiras devido aos altos custos envolvidos.
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