Voltar para Notícias

Jovem acusada de matar namorado a facadas em Poços de Caldas vai a júri popular

Atualizado em 18/07/2025

 

Pedro Granato foi assassinado em 28 de julho de 2024. Foto: Redes Sociais.

A 2ª Vara Criminal da Comarca de Poços de Caldas determinou, nesta sexta-feira (18), que Natasha Cristina Curimbaba será levada a júri popular pela morte do namorado, Pedro Granato Oliveira. A decisão reconhece indícios suficientes para submetê-la a julgamento pelo Tribunal do Júri sob a acusação de homicídio qualificado, por dificultar a defesa da vítima — conforme previsto no artigo 121, §2º, inciso IV, do Código Penal.

Crime aconteceu no Morro do Chapéu

Pedro desceu o morro do Chapéu e foi visto por um motorista que passava pela região.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu no dia 28 de julho de 2024, por volta das 19h, em um ponto conhecido como Morro do Chapéu, no bairro Parque Vivaldi Leite Ribeiro. Conforme apuração policial, o casal havia passado a tarde em um churrasco no condomínio onde moravam. Depois, seguiram juntos no carro de Natasha até o local do crime, onde Pedro foi golpeado com uma faca no pescoço.

O laudo de necropsia apontou como causa da morte a broncoaspiração provocada por esgorjamento — corte profundo na região da garganta.

Imagens de câmeras de segurança mostraram Natasha retornando sozinha ao condomínio pouco tempo depois do ataque. No dia seguinte, ela foi vista deixando o prédio com malas. De acordo com a Polícia Civil, Pedro ainda tentou descer a ribanceira após ser ferido, mas não resistiu.

Defesa alegou transtornos mentais

A defesa da acusada alegou que Natasha é inimputável, ou seja, incapaz de responder plenamente por seus atos, devido a transtornos mentais. Relatórios médicos apontaram histórico de transtorno de personalidade borderline, psicose induzida por substâncias e episódios anteriores de comportamento agressivo. Ainda assim, o juiz responsável pelo caso considerou que os laudos não comprovam de forma inequívoca a incapacidade total de entendimento ou de autodeterminação no momento do crime.

Na decisão, o magistrado observou que, embora existam registros de prejuízos à saúde mental, também há provas de que Natasha mantinha condutas funcionais e autonomia em diversos aspectos da vida cotidiana.

Ré permanece internada provisoriamente

Com base no princípio jurídico do in dubio pro societate — que orienta a levar o réu a júri popular em caso de dúvida relevante sobre sua responsabilidade penal —, a Justiça determinou a pronúncia da ré. Em outras palavras, na dúvida, decide-se a favor da sociedade, permitindo que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri.

Natasha continuará internada provisoriamente até a data do julgamento. O juiz também determinou que a instituição de internação seja comunicada da decisão e ressaltou que o Tribunal do Júri será o responsável por decidir, de forma definitiva, sobre a responsabilidade penal da acusada.

Ainda não há data definida para a realização da sessão de julgamento.

Histórico violento

Antes de se tornar suspeita do assassinato de Pedro Granato, Natasha Cristina Curimbaba já havia sido acusada de esfaquear um ex-namorado, a mãe dele e uma amiga, em dois episódios distintos. Em ambos os casos, a Polícia Militar relatou que ela estaria em surto psicótico. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, “chamou a atenção o fato de o modus operandi ter se repetido nas três situações, com golpe de arma branca na garganta da vítima”.

Natasha também possui registros anteriores por envolvimento com drogas.

 

Nossos canais de comunicação:

https://linktr.ee/sulminastv

  

 

Compartilhe este post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Voltar para Notícias