Voltar para Notícias

Idoso que viveu 40 anos em condições análogas à escravidão é resgatado no Sul de Minas

Atualizado em 13/08/2025

 

Ao todo, seis trabalhadores foram retirados de situações degradantes em Campestre e Machado

Idoso que vivia há 40 anos em condições análogas à escravidão é resgatado durante operação em MG — Foto: Ministério Público do Trabalho

Um idoso que vivia há cerca de 40 anos em condições análogas à escravidão foi resgatado durante uma operação realizada no Sul de Minas. A ação, ocorrida nesta semana, retirou ao todo seis trabalhadores de situações degradantes nas cidades de Machado e Campestre.

Quatro décadas sem registro e sem direitos

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o idoso é analfabeto, não possui apoio familiar e morava em uma construção deteriorada, sem acesso adequado a água potável e saneamento básico. Durante todo o período, nunca teve carteira assinada nem recebeu direitos trabalhistas.

A fiscalização apurou que ele manteve vínculo afetivo com a família do empregador original, já falecido, mas continuou trabalhando sem registro formal. O caso agora segue em tratativas para garantir reparações e condições de vida dignas.

Operação conjunta

A operação foi coordenada pela Auditoria-Fiscal do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com participação do MPT e da Polícia Federal (PF).

Além do resgate, os fiscais determinaram a formalização dos vínculos trabalhistas e melhorias nas condições dos estabelecimentos rurais inspecionados. Cinco trabalhadores receberam mais de R$ 200 mil em salários atrasados e verbas rescisórias.

Irregularidades encontradas

Durante a fiscalização, foram registradas diversas infrações às normas de saúde, segurança e direitos trabalhistas, como:

  • Ausência de exames médicos obrigatórios;
  • Falta de água potável;
  • Inexistência ou inadequação do Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural (PGRTR);
  • Ausência de locais adequados para refeição e descanso;
  • Falta de instalações sanitárias;
  • Moradias precárias;
  • Ausência ou inadequação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
  • Falta de treinamento para uso de máquinas e ferramentas;
  • Manutenção deficiente de alojamentos;
  • Ausência de materiais de primeiros socorros.

Denúncias

Para denunciar casos de trabalho análogo à escravidão, qualquer pessoa pode acessar o Sistema Ipê pela internet. O denunciante não precisa se identificar e deve fornecer o máximo possível de informações para que as autoridades possam verificar a situação.

As denúncias são analisadas e, caso sejam confirmados indícios, equipes são enviadas para fiscalizar o local.

 

Fonte: Com informações de G1.

Nossos canais de comunicação:

https://linktr.ee/sulminastv

  

 

Compartilhe este post

Comentário (1)

  • Alvaro Inacio Ferreira Filho Responder

    Inaceitável uma coisa dessas .

    13/08/2025 em 13:39

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Voltar para Notícias