Homem que matou esposa e fez criança refém é indiciado por feminicídio e outros crimes
Atualizado em 08/07/2025
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso que chocou a cidade de Guaxupé, no Sul de Minas, no fim de junho.
Dário José de Almeida Júnior, de 28 anos, foi indiciado por feminicídio majorado, extorsão mediante sequestro, tentativa de homicídio qualificado e estupro de vulnerável. Os crimes aconteceram no dia 28 de junho, no bairro Jardim Novo Horizonte.
Inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi conduzido de forma rápida e criteriosa. Foram ouvidas mais de 20 pessoas, entre testemunhas, familiares, policiais e pessoas próximas à vítima, além da realização de perícias, exames médico-legais e análises documentais.
Segundo a delegada Mirele Mafra, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Guaxupé, a soma das penas para os crimes pelos quais Dário foi indiciado pode ultrapassar 120 anos de prisão. O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, que deverá tomar as providências legais cabíveis.
Feminicídio seguido de cárcere privado e tentativa de homicídio
O crime aconteceu na casa onde Dário e Anelise de Carvalho Gomes, de 26 anos, moravam juntos havia cerca de três meses. Dário matou a esposa a tiros e, em seguida, manteve a sobrinha dela, uma criança de 8 anos, em cárcere privado por mais de 10 horas.
Durante o cerco policial, ele atirou contra uma viatura da Polícia Militar e enviou mensagens afirmando ter abusado da criança. O homem também exigiu resgate em dinheiro para libertá-la.
A criança foi resgatada no fim da tarde, em bom estado de saúde, e levada para atendimento médico. Dário se entregou logo depois e foi preso em flagrante. O corpo de Anelise foi encontrado na sala da casa, sobre um colchão, com marcas de disparos. A arma usada no crime, munições e carregadores foram apreendidos.
Justiça converteu prisão em preventiva
No dia seguinte ao crime, a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva. O juiz destacou a alta periculosidade do acusado, a frieza com que agiu e o risco de novos crimes. Desde então, Dário permanece preso no presídio de Guaxupé/Guaranésia.
O caso gerou forte comoção na cidade de pouco mais de 50 mil habitantes. Anelise era descrita por amigos e vizinhos como uma mulher batalhadora e sonhadora, que cursava técnico de enfermagem e desejava trabalhar na área da saúde.
Embora parentes afirmem que Dário não demonstrava comportamentos violentos antes, ele já tinha passagens anteriores pela polícia por agressão, perturbação do sossego e embriaguez.
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Comentário (1)
Feminicidio é um crime diferente de homicídio??? Qual a diferença?? Da a entender que o valor da vida de um sexo é diferente do outro..