Governo considera impróprios 23 lotes de quatro marcas de café após análises laboratoriais
Atualizado em 22/12/2025
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou nesta segunda-feira (22) que 23 lotes de quatro marcas de café foram recolhidos do mercado e considerados impróprios para consumo. A decisão foi tomada após análises laboratoriais apontarem a presença de matérias estranhas e impurezas acima do limite máximo permitido, fixado em 1% pela legislação brasileira.
As marcas atingidas pela medida são Terra da Gente, Jalapão, Made in Brazil e Q-Delícia.
Irregularidades encontradas
De acordo com o Ministério da Agricultura, os laudos identificaram quantidades excessivas de matérias estranhas, como pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, a exemplo de ervas daninhas. Também foram constatadas impurezas, entre elas galhos, folhas e cascas, em percentual superior ao autorizado.
Essas inconformidades levaram à desclassificação dos produtos e à determinação de recolhimento dos lotes.
Orientação aos consumidores
O Mapa orienta que consumidores que tenham adquirido os cafés listados suspendam imediatamente o consumo. Quem comprou os produtos pode solicitar a substituição, com base no Código de Defesa do Consumidor.
Caso algum dos lotes ainda esteja sendo comercializado, o Ministério solicita que a situação seja comunicada por meio do canal oficial Fala.BR, com a identificação e o endereço do estabelecimento onde a compra foi realizada.
Lotes recolhidos
Dos 23 lotes considerados impróprios, 18 pertencem à marca Terra da Gente, dois à Jalapão, dois à Made in Brazil e um à Q-Delícia.
Confira os lotes:
- Terra da Gente: 462492, 492491, 082591, 092592
- Terra da Gente – Tradicional: 482492, 142592, 162592, 472492, 092592, 072592, 152592
- Terra da Gente – Extra Forte: 122591, 262591, 242591, 234491, 472491, 092591, 152591
- Jalapão – Tradicional: lote 4025
- Jalapão – Extra Forte: lote 4025
- Made in Brazil: 0812, 5335
- Q-Delícia: lote 2
Outras marcas já foram alvo de restrições
Além das quatro marcas desclassificadas nesta segunda-feira, outras seis já haviam sofrido algum tipo de restrição governamental em 2025: Melissa, Pingo Preto, Oficial do Brasil, Café Câmara, Fellow Criativo (da Cafellow) e Vibe Coffee.
No caso da Vibe Coffee, todos os produtos haviam sido apreendidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro, por questões sanitárias. A proibição, no entanto, foi revogada nesta segunda-feira após a agência constatar que as irregularidades foram corrigidas. Os cafés produzidos pela marca a partir de 15 de dezembro de 2025 estão liberados para consumo.
O que diz a lei sobre a pureza do café
A legislação brasileira estabelece que, para ser classificado como café, o produto deve conter exclusivamente o grão. É permitida a presença de até 1% de impurezas naturais do próprio café, como galhos, folhas e cascas, além de matérias estranhas em quantidade limitada.
Por outro lado, a norma proíbe totalmente a presença de elementos estranhos, como grãos ou sementes de outros gêneros — milho, trigo e cevada, por exemplo —, além de corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de infusão.
Fontes: Com informações de Ministério da Agricultura e G1.
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