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Ex-servidor de Poços de Caldas, alvo de investigação por fraudes no programa de doação de lotes do Distrito Industrial, deixa o presídio com uso de tornozeleira

Atualizado em 27/11/2025

 

O ex-diretor de turismo da Prefeitura de Poços de Caldas, Hugo Ribeiro Rego, de 48 anos, investigado por supostos crimes de corrupção e estelionato, deixou o presídio na manhã desta quinta-feira (27). Ele obteve liberdade provisória na quarta-feira (26), por decisão da Justiça Eleitoral de Belo Horizonte.

Liberdade provisória e medidas cautelares

Segundo a decisão judicial, os elementos que justificavam a prisão preventiva não se mantêm, motivo pelo qual foi expedido o alvará de soltura. O magistrado também ressaltou que a medida não está relacionada a colaboração premiada.

A defesa de Hugo, representada pela advogada Karla Felisberto dos Reis, informou que ele deverá cumprir duas restrições cautelares:

  • Uso de tornozeleira eletrônica
  • Recolhimento domiciliar noturno aos sábados, domingos e feriados

Caso será julgado pela Justiça Eleitoral local

O processo sofreu avanço paralelo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu que a apuração deve seguir na Justiça Eleitoral de Poços de Caldas. A definição ocorreu após conflito de competência entre a Justiça Eleitoral e a 2ª Vara Criminal.

O STJ entendeu que o inquérito apontou indícios de possíveis ilícitos eleitorais envolvendo o principal investigado, o que motivou a transferência. Como o caso tramitava sob sigilo, a Corte não detalhou quais seriam esses crimes.

Com a decisão, caberá à Justiça Eleitoral conduzir as investigações, analisar eventuais denúncias e julgar fatos ligados à legislação eleitoral.

Denúncia do Ministério Público

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou Hugo Rego e a filha dele, de 26 anos, por suposto envolvimento em fraudes relacionadas à oferta de lotes no Distrito Industrial de Poços de Caldas.

De acordo com a denúncia, Hugo se apresentava como responsável por um programa de doação de terrenos e exigia pagamentos de empresários interessados. Para dar aparência de legalidade ao esquema, ele teria utilizado documentos falsificados que simulavam decisões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Industrial.

As investigações apontam que o prejuízo das vítimas ultrapassa R$ 380 mil, com pagamentos feitos via Pix, cheques e depósitos. Parte expressiva dos valores teria sido destinada diretamente à conta da filha do acusado, que responde em liberdade por corrupção passiva. Hugo foi preso no dia 13 de agosto.

O MP atribui aos envolvidos os crimes de estelionato, falsificação de documento público e corrupção passiva, além de requerer ressarcimento dos valores e indenização por danos morais coletivos.

Operação segue em andamento

As apurações fazem parte da operação “Castelo de Cartas”, conduzida pela Polícia Civil de Poços de Caldas, sob coordenação do delegado Cleyson Brene. As investigações continuam para identificar se outras pessoas participaram da suposta rede de fraudes.

A liberdade concedida ao investigado não altera o andamento do processo, que permanece sob análise da Justiça Eleitoral.

 

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