Cães Comunitários da Rodoviária de Poços de Caldas São Levados para Abrigo, Gerando Mobilização de Protetores
Dois cães comunitários que viviam no entorno da Rodoviária de Poços de Caldas foram recentemente levados para o abrigo municipal, gerando uma onda de mobilização por parte de grupos de protetores de animais e protetores independentes.
Esses cães, que eram cuidados por funcionários da rodoviária, foram retirados de seu ambiente habitual, levantando questionamentos sobre a aplicação da lei e o bem-estar dos animais.
Maria Cristina Pasculli, membro da Associação Amigos do Júlio e representando diversas outras organizações dedicadas à causa animal, falou à Sulminas TV sobre a situação.
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Segundo ela, havia quatro cães comunitários vivendo na rodoviária, sendo que dois foram capturados pelas autoridades.
“Eles eram cuidados pelos funcionários da rodoviária e por uma ex-funcionária que, mesmo após deixar o emprego, continuou a cuidar deles. Além disso, eles recebiam atendimento veterinário na UPA próxima à rodoviária”, relatou Maria Cristina.
De acordo com relato de Maria Cristina, a Secretaria de Meio Ambiente de Poços de Caldas classificou os cães como “errantes”, justificando a captura com base em relatos de que os animais estariam atacando pessoas, causando perturbações e sujando a rodoviária. Contudo, Pasculli rebate essas alegações, afirmando que os cães não apresentavam comportamento agressivo e que eram bem cuidados pela comunidade.
“Eles não têm um tutor fixo, mas isso é típico de cães comunitários, que são assistidos por várias pessoas”, destacou.
A ativista questiona a atuação da prefeitura, especialmente diante da proximidade da inauguração do novo centro administrativo.
“Parece que resolveram implicar com dois cães que não ofereciam qualquer risco à comunidade. Eles não estavam abandonados e nem sujavam a rodoviária, pois faziam suas necessidades longe, e sempre tinham água, ração e cobertas limpas fornecidas pelos cuidadores”, argumentou.
Ainda segundo Pasculli, os cães sofreram emocionalmente após a captura, recusando comida e apresentando sinais de desidratação. Ela e outros defensores dos animais estão organizando um abaixo-assinado e já entraram com uma liminar para garantir a soltura dos cães.
“Queremos que a lei que protege os cães comunitários seja respeitada. Esses animais são dóceis e não representam ameaça a ninguém. A prefeitura precisa reconsiderar essa decisão”, concluiu.
A lei estadual nº 21.970, de 15 de janeiro de 2016, define como cão ou gato comunitário aquele que, mesmo sem ter um responsável definido e único, estabelece vínculos com a comunidade em que vive, que se responsabiliza por sua manutenção.
O caso em Poços de Caldas levanta um debate importante sobre a aplicação dessa lei pela administração pública.
Acompanhe o momento da condução dos cães ao abrigo:
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Comentário (1)
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