Botão de contestação do Pix já está disponível para vítimas de fraudes
Atualizado em 01/10/2025
Banco Central espera maior agilidade na devolução de valores e identificação de contas usadas em golpes

O botão de contestação de transações do Pix já está disponível para os usuários a partir desta quarta-feira (1º). A nova ferramenta tem como objetivo facilitar a devolução de valores em casos de fraude, golpe ou coerção, sem a necessidade de contato com a central de atendimento do banco.
Chamado formalmente de autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), o recurso pode ser acessado diretamente pelo aplicativo da instituição financeira do usuário.
Como funciona a contestação
De acordo com o Banco Central (BC), ao acionar o botão, a informação é enviada imediatamente ao banco do suspeito de fraude, que deve bloquear os valores disponíveis na conta, inclusive de forma parcial.
A partir desse bloqueio, os dois bancos envolvidos têm sete dias para analisar a contestação. Caso confirmem que houve golpe, a devolução é feita diretamente para a vítima em até onze dias após o pedido.
Segundo o BC, o processo digital dará mais agilidade e aumentará a chance de recuperação dos valores antes que sejam esvaziados das contas fraudulentas.
Caminho do dinheiro
Uma das principais mudanças previstas para o MED é a possibilidade de rastrear o caminho do dinheiro. A partir de 23 de novembro, será permitido devolver valores não apenas da conta que recebeu o Pix indevido, mas também de outras contas para as quais o dinheiro tenha sido transferido.
Até então, a devolução só podia ser feita da conta inicial, o que muitas vezes inviabilizava a recuperação, já que os criminosos costumam movimentar rapidamente os recursos.
Com o novo sistema, as instituições financeiras terão acesso ao fluxo das transferências, aumentando as chances de bloqueio e devolução. O recurso será opcional em novembro e passa a ser obrigatório em fevereiro de 2026.
Limites da medida
O botão de contestação não se aplica a situações como desacordos comerciais, arrependimento ou erros de digitação da chave Pix, quando o dinheiro é enviado a terceiros de boa-fé. A ferramenta é voltada exclusivamente para casos de fraude, golpe ou coerção.
Com os aprimoramentos, o Banco Central pretende desestimular golpes com Pix, aumentar a devolução de recursos às vítimas e impedir que contas ligadas a fraudes continuem ativas no sistema.
Fonte: Com informações de Agência Brasil.
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