Neste mês de outubro, vários sites especializados em tecnologia têm reportado um alarmante aumento nos casos de ataques cibernéticos no Brasil. Segundo uma pesquisa recente, o país enfrentou a impressionante marca de 46 bilhões de ataques no primeiro semestre de 2023, colocando-o como a segunda nação mais vulnerável a ataques cibernéticos em todo o mundo.

Com o crescente número de tentativas de invasão por hackers, a proteção digital se tornou uma necessidade crítica para as empresas, uma vez que a segurança dos dados se tornou cada vez mais vulnerável. Isso ressalta a importância dos investimentos em cibersegurança para garantir a integridade dos negócios.

De acordo com um relatório da Trend Micro, o Brasil agora ocupa a segunda posição no ranking global de países mais vulneráveis a ataques cibernéticos, registrando 45,9 bilhões de ataques apenas no primeiro semestre de 2023. Marcelo Modesto, CEO da Avivatec, uma consultoria de tecnologia líder no cenário de aceleração digital de empresas no Brasil, destaca a gravidade desses números e enfatiza que os investimentos em cibersegurança são imperativos.

Modesto afirma: “É crucial entender que a cibersegurança não é mais um investimento futuro, e jamais deve ser considerada uma despesa. Seja uma empresa grande ou pequena, fraudes representam perdas financeiras e ameaçam a sustentabilidade de qualquer negócio.”

No primeiro semestre deste ano, foram bloqueados cerca de 85,6 bilhões de ataques cibernéticos em todo o mundo. Arquivos maliciosos se destacaram como o principal vetor de ataque, representando 53,6% do total de bloqueios em empresas. Isso sublinha a urgência de se proteger contra ameaças cibernéticas.

Felizmente, o Brasil já está respondendo a esse desafio. De acordo com a pesquisa IDC Cyber Security Research Latin America 2023, o país está direcionando recursos significativos para a proteção de dados e sistemas, com previsão de que os gastos com cibersegurança atinjam 3,5% dos investimentos totais em tecnologia da informação até o final de 2023. Isso representa um aumento notável de 12% em relação ao ano anterior, totalizando um investimento estimado de R$ 26,7 bilhões, o maior da América Latina na área de cibersegurança.

A mesma pesquisa revela que a cibersegurança superou outras iniciativas de TI, como Inteligência Artificial e computação em nuvem, tornando-se a principal prioridade de investimentos para 37,5% das empresas brasileiras. Essa tendência é global, com 69% das empresas em todo o mundo planejando aumentar seus gastos com segurança digital, sendo que no Brasil, esse número é ainda mais expressivo, alcançando 83%.

Em conclusão, os investimentos em cibersegurança não são meramente medidas preventivas, mas desempenham um papel fundamental na proteção da reputação de empresas e governos, além de garantir a salvaguarda de dados confidenciais, essenciais para os modelos de negócios. Em um mundo onde a informação é comparada ao “novo petróleo”, reforçar a segurança digital é um compromisso que todos devem assumir para proteger o presente e o futuro digital.

Vivemos em uma era repleta de desafios em relação à segurança cibernética, onde a proteção de empresas, dados e pessoas se tornou uma prioridade incontestável. Empresas devem adotar medidas proativas para evitar desgastes financeiros e operacionais, e proteger o que realmente importa: o sucesso dos negócios e a preservação da integridade dos sistemas em um cenário onde o cibercrime continua a evoluir.

Ataques DDoS afetam milhares de provedores no Brasil

Milhares de provedores de Internet no Brasil estão enfrentando ataques DDoS que estão causando instabilidade em seus serviços. Estes ataques ocorrem após o anúncio do grupo de ciberativistas IRoX Team, que declarou uma “guerra cibernética” contra Israel e seus apoiadores, marcando datas para ataques cibernéticos globais. No caso do Brasil, a data estipulada foi 20 de outubro, e desde então, os provedores brasileiros estão enfrentando esses ataques DDoS.

O IRoX Team afirmou que o motivo para esses ataques é perturbar a presença online e as atividades de países e organizações que o grupo associa a Israel.

Para os provedores, algumas medidas recomendadas incluem registrar um Boletim de Ocorrência ao detectar o ataque, informando a data de início, o alcance dos danos e outras informações relevantes. Além disso, é importante informar as autoridades a respeito do ataque, compartilhando o BO registrado para auxiliar nas ações informativas e corretivas. Comunicar os usuários sobre o ocorrido, as medidas em andamento e os canais de contato para obter ajuda também é crucial. Recorrer a ferramentas de mitigação de risco DDoS rapidamente é fundamental para minimizar problemas nas redes e serviços.

A colaboração entre provedores e fornecedores de ferramentas de mitigação de riscos DDoS é incentivada para fortalecer a resposta a esses ataques. Enfrentar essa ameaça cibernética requer ação coordenada e proativa por parte dos provedores e da comunidade de segurança digital.

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