Ampolas com urânio enriquecido somem da INB. Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e PF foram comunicados.
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) emitiu um comunicado relatando um incidente que ocorreu na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), localizada em Resende, Rio de Janeiro. Durante uma transferência interna de áreas de armazenamento no mês de julho, a empresa identificou a ausência de dois tubos contendo amostras de hexafluoreto de urânio enriquecido (UF6), um material utilizado na produção de combustível para a usina de Angra II.
Cada tubo, com cerca de 8 cm de comprimento, continha aproximadamente 8 gramas de UF6 enriquecido. Embora o material tenha potencial radioativo, a INB assegura que a eventual liberação do conteúdo não representa riscos à saúde humana.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foi prontamente informada do incidente e está acompanhando as ações que a INB está tomando para resolver a situação. A empresa mobilizou várias equipes, incluindo Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, Proteção Física, Proteção Radiológica e Operação e Manutenção da Planta Química, para localizar as amostras ausentes. As buscas estão sendo conduzidas nas áreas supervisionadas e controladas, bem como nos trajetos utilizados para a transferência dos recipientes.
Dado que os tubos não foram encontrados dentro da FCN, a INB comunicou o incidente ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e à Polícia Federal. Adicionalmente, a empresa iniciou um processo administrativo interno para identificar áreas de melhoria e prevenir que eventos similares voltem a acontecer.
As amostras em questão são chamadas de “amostras testemunho” e fazem parte do inventário físico de material nuclear. Essas amostras são armazenadas em cilindros de urânio enriquecido utilizados na produção de elementos combustíveis para usinas nucleares. A presença e integridade dessas amostras são verificadas durante inspeções realizadas por agências internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
A INB está comprometida em resolver a situação de forma transparente e aprimorar seus procedimentos para garantir a segurança e a integridade dos materiais nucleares em suas instalações.
Nota na íntegra:
A Indústrias Nucleares do Brasil – INB informa que, após uma transferência interna entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear – FCN, em Resende/RJ, realizada em julho, foi detectada a ausência de dois tubos contendo amostras* testemunho de UF6 (hexafluoreto de urânio) enriquecido. Os recipientes contêm pequena quantidade do material utilizado na produção de combustível para Angra II. Com 8 cm de comprimento, cada tubo possui massa de aproximadamente 8 gramas de UF6 enriquecido. A empresa ressalta que, em relação aos riscos radiológicos, a liberação do conteúdo, caso ocorra, não acarreta danos à saúde de um indivíduo.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN foi comunicada e acompanha as ações tomadas pela INB. A empresa vem concentrando todos os seus esforços para a localização das amostras, com atuação das equipes de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, Proteção Física, Proteção Radiológica e Operação e Manutenção da Planta Química. As buscas foram iniciadas assim que foi detectada a ausência dos tubos, sendo realizadas no interior das áreas supervisionadas e controladas, escritórios e, principalmente, no trajeto percorrido para transferência dos recipientes, além de outras áreas da Unidade.
Como os dois tubos não foram localizados no interior da FCN, a INB informou o evento ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e à Polícia Federal. A empresa abriu um processo administrativo e procura identificar melhorias para que eventos como este não voltem a ocorrer.
Sobre as amostras
Cada cilindro de urânio enriquecido utilizado na produção dos elementos combustíveis para as recargas das usinas de Angra tem armazenada uma amostra, denominada amostra testemunho. Esta amostra passa a integrar o inventário físico de material nuclear, verificado durante inspeções das agências internacionais (Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA e Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares – ABACC).
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